terça-feira, 13 de setembro de 2011

Bomba Atômica

Olá, clubistas,

curtiram o último post?

Hoje vamos falar sobre a bomba atômica. 
Ela foi citada no post sobre o Tsuru (Não leu? clique aqui) e agora vamos conhecer um pouco mais sobre esse assunto.

(Não! Você não vai aprender a fazer uma bomba no final do post, rs)

“Fat Man”, bomba lançada em Nagasaki em 1945
http://migre.me/5GHMn


Durante a segunda guerra mundial, os Estados Unidos desenvolveram, secretamente, o projeto da bomba atômica. Nesse tipo de bomba a energia vem de uma reação nuclear, isto é, do núcleo do átomo e, por isso, é também chamada de bomba nuclear. 

As duas bombas atômicas lançadas pelos EUAs no Japão, em 1945, causaram gigantesca destruição e muito sofrimento, matando milhares de pessoas (lembram da Sadako Sasaki?). As bombas usaram a energia gerada pela fissão nuclear. Dizemos que ocorre uma fissão nuclear quando um núcleo atômico se divide em duas partes. Na bomba atômica de Hiroshima foi utilizado o elemento químico urânio, que tem um núcleo muito pesado. Colidiram nêutrons com o núcleo do urânio e este se dividiu, dando origem a dois outros elementos, liberando mais nêutrons. Esses nêutrons bombardearam outros núcleos de urânio, gerando então uma reação em cadeia muito rápida, liberando muita energia e com um poder destrutivo imenso.  


                    Fissão nuclear do átomo de urânio


O mundo assistiu aterrorizado o lançamento desses dois únicos artefatos nucleares já utilizados em guerra. Das 76.000 edificações de Hiroshima, 70.000 ficaram danificadas, sendo que 48.000 de maneira total. De uma população de aproximadamente 400.000 habitantes, 129.558 foram mortos e feridos e 176.987 ficaram desabrigados. Em Nagasaki, 70.000 pessoas morreram até o final de 1945, tendo esse número chegado a 140.000 nos cinco anos seguintes.


                                Bomba atômica em Nagasaki, 1945.


Segundo o site da Revista Superinteressante, “a forma de cogumelo da explosão atômica deve-se aos resíduos delas que sobem com muito mais força que a maior parte das explosões de bombas convencionais, formando uma espécie de jato de matéria. Quando uma bomba atômica é detonada, ela produz uma bolha de gás muito quente, aquecendo violentamente o ar que está em volta dela. Como esse ar que se tornou quente é mais leve que o ar da atmosfera, a tal bolha sobe. Nas explosões nucleares, a bolha de gás sobe numa velocidade de centenas de quilômetros por hora, levando toneladas de ar e de poeira com ela.

Esse jato de matéria forma a haste do cogumelo atômico, mas, em poucos segundos, ele perde energia e esfria um pouco. Com a temperatura mais baixa, o material vaporizado já não está mais tão leve e pára de subir freneticamente, espalhando-se para os lados. A poeira, então, mistura-se com gotículas de água que ficam suspensas na atmosfera, criando uma nuvem gigantesca, que é a cabeça do cogumelo.”


O poeta Vinicius de Moraes escreveu um poema intitulado “A Rosa de Hiroshima” que foi publicado no livro Antologia poética em 1954 e que foi musicado por Gerson Conrad.                                                       

Em 1970 a música foi gravada pelo grupo musical Secos & Molhados.



ROSA DE HIROSHIMA
Composição: Vinicius de Moraes / Gerson Conrad


Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas 
Mas, oh, não se esqueçam 
Da rosa da rosa 
Da rosa de Hiroshima 
A rosa hereditária 
A rosa radioativa 
Estúpida e inválida 
A rosa com cirrose 
A anti-rosa atômica 
Sem cor sem perfume 
Sem rosa sem nada
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Quer ler um pouco mais sobre o assunto? Entra nos sites:

Mais informações sobre esse e outros assuntos relacionados com reações nucleares você pode encontrar na Coleção do Observatório Nacional, “Reações Nucleares: Estrelas”, Edição04 de 2009.